quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vampires

The vampires have always been metaphors for me. They've always been vehicles through which I can express things I have felt very, very deeply. - Anne Rice

Em qualquer mídia, um tema que sempre me fascinou foi o Vampiro, as muitas mitologias criadas em cima da criatura que se alimenta de sangue e teme a luz do sol, e é sobre isso que gostaria de falar um pouco hoje.

A primeira obra que merece menção com certeza é Drácula de Bram Stoker, que acredito foi quem abriu as portas na literatura para o vampiro. A forma como o livro é organizado me fascina, todo escrito em diários, cartas e recortes de jornais narra a história de Jhonatan e Mina Harker, Lucy, o dr Van Helsing e o conde vampiro Drácula que vive num castelo na Romênia e inspirou futuramente o clássico do cinema Nosferatu.

Acho que é propício pular agora para as obras de Anne Rice. Em Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire) e outros livros da autora, passamos a ver a história do lado da criatura da noite, Anne apresenta Louis, um vampiro humanizado e cheio de tormentos, que enfrenta os dilemas morais de sobreviver às custas de tomar vidas alheias. E ao mesmo tempo Lestat, um vampiro cruel que se entrega a essência de ser um demônio sugador de sangue e vive em prol do prazer próprio.

O universo vampiresco de Anne Rice serviu de inspiração para Mark Rein·Hagen criar o ambiente de rpg Vampiro: A Máscara, seguindo a linha de apresentar os sugadores de sangue como criaturas que lutam (ou não) pela sua humanidade, sua relação com os outros da espécie e com o rebanho.

Muitas foram as horas que me dediquei ao universo criado por Hagen, seja na pele de um assassino sugador de sangue, um pobre degenerado lutando contra a sede ou um fanático caçador de vampiros, brigando para trazer a verdade à tona.

A idéia de Rein·Hagen, por sua vez, serviu de inspiração (ou não, isso deu processo entre a White Wolf e a Sony) para a franquia de filmes Anjos da Noite, onde as criaturas das trevas travam batalhas ocultas contra feras lobos.

Mais recentemente, veio o seriado americano True Blood, com uma idéia um pouco diferente e ousada. No enredo, cientistas sintetizaram o sangue, passando a fabrica-lo em lote, e vender até mesmo em lojas de conveniência. Com a novidade, os vampiros, até então ocultos do véu da sociedade, resolveram tornar pública sua existência, logo que não mais precisam tomar vidas humanas para se alimentar. A história se passa numa cidadezinha de Louisiana, e acompanha a garçonete capaz de ouvir pensamentos Sookie Stackhouse.

Pra finalizar, meu contato mais recente com as criaturas amaldiçoadas por Deus, que andam pelas trevas da noite são os livros escritos pelo André Vianco. Ele consegue trazer as criaturas ancestrais para o Brasil atual, numa trama interessante e coesa, que prende o leitor, ávido por saber o que vai acontecer. Seu livro Os Sete narra o que acontece quando dois garotos descobrem uma caravela portuguesa afundada no litoral do Rio Grande do Sul, onde encontram selados sete corpos dentro de uma caixa de prata.

É isso, espero ter dado uma pincelada em toda a boa literatura que já li sobre vampiros, que continuam me fascinando.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Spider-Man

Whatever life holds in store for me, I will never forget these words: "With great power comes great responsibility." This is my gift, my curse. Who am I? I'm Spiderman.


Acho que uma das frases mais sábias que já tomei nota até hoje é o bordão do amigão da vizinhança, que diz: "grandes poderem trazem grandes responsabilidades".

Acho sensacional a mensagem transmitida pela frase que tio Ben sempre dizia. Podemos estender para algo como: atos têm consequências, e é preciso lidar com elas.

É isso que trilha a carreira do jovem super herói, e com base nessas palavras que Peter Parker decide como agir.

A única vez que faltou com seu código moral, acabou na morte do seu estimado tio, prova certa do peso dessas poucas palavras.

Vale lembrar que o Homem-Aranha nunca matou nenhum de seus inimigos, e tem um senso de ética invejável, que muitas vezes até o levam a problemas maiores, mas ele se mantém fiel ao código.

Talvez por isso que sempre sobrem os esgotos pra ele, que sua imagem pública seja uma droga. Mas o importante é que a noite, junto da sua esposa ruiva, ele pode deitar com a consciência limpa, de quem acredita em algo e não se corrompe.

Eu, particularmente, acho essa verdade bem mais bela do que a vingança do Homem Morcego, por exemplo. De nada adianta acabar com seus fantasmas, se no processo você acabar criando outros.

Acho que não gostaria de ser picado por uma aranha radioativa e ter minha vida virada do avesso, mas se isso me acontecesse, certamente me espelharia no tio Ben, e daria o melhor de mim.

Valeu, Spidey!